Toda aquela geometria de estrelas pulsantes agora não passa de uma confusão de pontos brancos solitários e perdidos no espaço procurando um olhar distante que reflita as suas luzes, ou que reflita sobre. Ainda não sei.
Se eu estivesse embriagada poderia dizer até que as estrelas eram dançantes, mas não. Elas eram mais que isso. Eram pulsantes, reluzentes, como nunca eu havia visto. Talvez até porque ninguém fale dos seus desejos sobre as estrelas, talvez por ser proibido.

A poesia quer me ocupar a cada instante, a cada ato, a cada lembrança e a cada saudade. Eu tento fugir de alguma forma, mas quanto mais eu fujo mais eu me encontro. A minha fuga pras estrelas só me fez lembrar que elas só brilham porque o brilho está nos olhos de quem as vê e isto, de uma forma ou de outra, se torna poesia. É uma poesia harmônica, geométrica até, é uma espécie de comunicação entre as estrelas. Ou entre a gente…

Eu coloquei um óculos cor-de-rosa nessa minha vidinha boa. Agora eu enxergo o mundo de forma bem colorida, cheio de flores por onde ando. Pode falar… eu vivo num mundo platônico mesmo. O problema é que eu não sei até quando essa perfeição vai durar. Hoje parece que é pra sempre, mas sempre fica a dúvida sobre o amanhã. Já dizia a Cássia Eller que o “pra sempre” sempre acaba. Mas milagres acontecem todos os dias. Coincidências também.
Eu, hein…

Bem, primeiro post aqui e digo que nunca foi tão fácil fazer um blog como hoje.
Vamos ver se vai dar certo 🙂